O FANTASMA DO DESEMPREGO
Os dados que monitoram o desemprego no Brasil, alavancados pelas medidas de isolamento social e do fechamento do comércio e de outros serviços, estão extrapolando todas as previsões iniciais, mesmo as mais pessimistas. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, até o fim do ano de 2020, é possível que cerca de 40 milhões de pessoas estejam desempregadas ou subutilizadas. Esse número representa 30% do contingente de trabalhadores ativos no País. E não estão computados nesses dados as 8 milhões de pessoas com idade e capacidade profissional que já desistiram de buscar emprego, os ditos desalentados. Esse verdadeiro desastre social é ainda mais sombrio, segundo Cláudio Aragão, doutor em ciências econômicas e ex-diretor do Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) para mercado de trabalho, porque 40% dos jovens não terão qualquer perspectiva de emprego no final de 2020.