FGV NEGA QUE O EX-MINISTRO DA EDUCAÇÃO TENHA SIDO SEU PROFESSOR
Embora indicado para ocupar o cargo de Ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli renunciou precocemente à posição diante de notícias que rechearam as manchetes dos jornais e sites da internet, maculando o seu currículo acadêmico. Uma das polêmicas repercutidas pela mídia foi a nota divulgada pela Fundação Getúlio Vargas na terça-feira, 30 de junho, acusando-o de nunca ter atuado como “professor de qualquer das escolas da Fundação”. Essa bombástica declaração da FGV foi a pá de cal na nomeação do ministro, que na sequência renunciou ao cargo. Todavia, no site da Fundação Getúlio Vargas, que promoveu o “5º Fórum de Educação Executiva”, realizado no dia 2 de março deste ano, encontramos a seguinte inscrição: “Por fim, no dia 5, O COORDENADOR DO MBA EM BANCOS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS DA FGV, PROFESSOR CARLOS ALBERTO DECOTELLI DA SILVA, e o CEO e sócio fundador da DXA Investments, Oscar Decotelli, falam sobre “Geopolítica Financeira na Economia 5.0”.” (https://portal.fgv.br/…/5o-forum-educacao-executiva-discute…) Como se não bastasse, o próprio professor ofendido apresentou, posteriormente, diversas homenagens que lhe foram prestadas pela FGV, ao longo dos últimos anos, “por sua destacada atuação como docente”. Outros documentos apresentados por Decotelli comprovam que ministra aulas na FGV desde 1986, sempre como professor autônomo, sem qualquer registro na sua CTPS. A atitude da FGV, neste caso, foi insidiosa e merecedora de um bom puxão de orelhas, que poderia se perpetrar no foro trabalhista, porquanto afirmar que o professor em questão nunca foi professor de qualquer das escolas da FGV é uma sorrateira negação do óbvio, ou, para ser mais claro, uma estúpida tentativa de se tampar o sol com a peneira.