O INCERTO RETORNO ÀS AULAS PRESENCIAIS
Enquanto se discute, nos estados e municípios brasileiros, se os alunos das escolas municipais e estaduais devem retornar às aulas presenciais, convém sopesar algumas questões sobre a situação do ensino no nosso país. O Brasil conta com cerca de 11.300.000 analfabetos, com mais de 15 anos de idade, incapazes de ler, escrever o próprio nome ou realizar uma operação aritmética. Cerca de 39.000.000 de brasileiros ( = população de CUBA +VENEZUELA) são analfabetos funcionais: são capazes de ler e escrever algumas palavras, mas não conseguem entender e interpretar textos, identificar ironias ou sutilezas numa frase e fazer operações matemáticas simples em situações cotidianas. A cada 100 crianças brasileiras que entram no ensino fundamental, apenas 65 concluem os estudos, vale dizer , ao longo dos 12 anos da educação básica, muitos alunos ficam pelo caminho — ou porque não conseguem acompanhar as aulas, ou porque perdem o interesse na escola ou porque precisam trabalhar. O custo anual da evasão escolar é de R$ 214 bilhões, ou 3% do PIB (Produto Interno Bruto), por conta do impacto do abandono nas possibilidades de emprego, renda e retorno para a sociedade das pessoas que não concluem a educação básica. Com a implantação do ensino remoto em virtude da pandemia, o índice de evasão escolar cresce exponencialmente, dadas às dificuldades da população mais carente em acessar os recursos tecnológicos e de internet necessários ao acompanhamento desses cursos virtuais.
O que já era ruim, infelizmente, só vai piorar...